Como
andarão dois juntos se não estão de acordo? Amós 3:3.
Hoje eu vim colocar em prática algo que há muito
tempo vem queimando meu coração. Quero falar aos pastores, de todas as
denominações, à respeito dos músicos cristãos atuantes em suas igrejas locais.
Tenho muitos amigos pastores e muitos pastores amigos
e falar a eles é um desafio grandioso, uma vez que os mesmos são homens
escolhidos por Deus para pastorear as ovelhas do Senhor e por este motivo, são antes
de tudo, orientados e capacitados pelo próprio Deus para essa tarefa, então,
como achar que temos algo a ensinar a eles?
Bem, escrevo na minha humilde experiência e também
com base na opinião de muitos dos meus amigos músicos que amam suas igrejas
locais, afinal os músicos também são, em suma, escolhidos e capacitados por
Deus, e o que me leva a essa tão difícil missão é o desejo de ver suas igrejas
ancoradas por relacionamentos saudáveis entre músicos e lideranças.
Só possuo 15 anos de convertida, mas destes, 13 foram
dedicados ao serviço na área de música e de jovens (UMP). Sou líder de louvor na Igreja Presbiteriana, o que é um desafio por eu ser mulher, há somente 4 anos e meu relacionamento
com o meu Pastor, o Rev Elizeu, sempre foi muito saudável. Eu o
considero um pai e ele me considera uma filha. Claro que isso não se construiu
da noite para o dia, mas é resultado de muito diálogo e respeito de ambas
partes.
O relacionamento com pastores nunca será perfeito, porque todos somos diferentes e temos personalidades e responsabilidades distintas, mas pode se aproximar do que Deus espera. Certamente eu já devo tê-lo desapontado e o contrário também é verdadeiro, mas não quero divagar sobre pelo o que cada um é responsável, mas quero lhe ajudar, caro amigo pastor, a observar a visão de um músico e suas expectativas em relação à liderança e propor alguns conselhos a vocês, com o único objetivo de ajudá-los a nutrir esse relacionamento e a desenvolvê-lo de acordo com a vontade de Deus para suas vidas e para a saúde espiritual de seu ministério de música.
O relacionamento com pastores nunca será perfeito, porque todos somos diferentes e temos personalidades e responsabilidades distintas, mas pode se aproximar do que Deus espera. Certamente eu já devo tê-lo desapontado e o contrário também é verdadeiro, mas não quero divagar sobre pelo o que cada um é responsável, mas quero lhe ajudar, caro amigo pastor, a observar a visão de um músico e suas expectativas em relação à liderança e propor alguns conselhos a vocês, com o único objetivo de ajudá-los a nutrir esse relacionamento e a desenvolvê-lo de acordo com a vontade de Deus para suas vidas e para a saúde espiritual de seu ministério de música.
1. Músicos
são ovelhas, precisam ser pastoreadas e amadas quando menos merecerem, como
todas as outras;
2. Músicos
falham porque são humanos, precisam de aconselhamento, tanto quanto os irmãos
da congregação;
3. Devido
à sua natureza artística, a maioria é temperamental e emotiva, não obstante,
estão na área de música, então, não os recrimine, aprenda a lidar com eles e
ajude-os a desenvolver os frutos do Espírito;
4. Nem
todos os músicos que faltam a uma programação ou outra, o fazem porque são
irresponsáveis, relapsos, desobedientes, insubmissos, estrelas, preguiçosos,
desinteressados, etc., e é claro que há os que são assim, entretanto, generalizar
o tratamento é um erro gravíssimo que mata a alegria e o ânimo de qualquer
músico (ovelha) que está se esforçando para ser mais que um “tocador/cantor”
eventual;
5. Músicos
gostam de inovar, por isso, é tão complicado exigir que eles só toquem somente músicas
antigas. É perfeitamente possível exercitar, em um mesmo culto, a comunhão
dessas duas gerações, então procure-o e converse com ele e ensine-o a respeitar
o equilíbrio disso;
6. Líderes
de ministérios de louvor precisam de amparo, cobertura e respeito não só da
equipe de liderados, mas sobretudo da liderança oficial da igreja. Enquanto
eles estão conduzindo a igreja em adoração a Deus, eles também estão adorando.
Eu não sei com os outros, mas comigo é sempre muito intenso. Eu saio “esgotada”
as vezes e em outras saio “revigorada/restaurada”, mas isso depende muito de
como as coisas estão entre mim e à igreja, porque os bastidores são ocultos à
terceiros e muita coisa influencia em nosso estado emocional e espiritual. Converse
com seus presbíteros, líderes e diáconos e incentive-os a passar mais tempo orando, amando e zelando pelo ministério de
louvor, do que dando nota para cada erro que cometem, lembre-os que estamos do
mesmo lado;
7. Oriente
o líder de seu ministério a formar outro líder e os músicos a ensinarem outros,
porque um dia as suas crianças irão crescer e precisarão encontrar satisfação
em fazer parte de qualquer ministério, mas escolherão aquele que é amado pela
liderança e não julgado o tempo inteiro por ela. Elas precisarão ser direcionadas
por alguém que é apaixonado pelo que faz e que as conheça bem e que as ajude a
entender a responsabilidade que é cuidar e incentivar as mesmas a amar o
ministério de louvor, então, comece já. O ministério só vai poder oferecer
aquilo que recebe;
8. Entenda
que da mesma forma que um pastor tem dificuldade de fazer com que suas ovelhas
tenham perfeita conduta e sejam responsáveis com as programações da igreja e
outras, um líder de ministério de louvor também tem dificuldades de conduzir
seus liderados, principalmente quando eles são adultos e muitos até pai de
família, portanto, responsabilizá-lo pela situação atual do ministério não é só
um erro, é anti bíblico (a responsabilidade é individual), e cruel.
9. Se
o líder de seu ministério falhar, desobedecer, ou agir fora do padrão cristão
esperado, não o substitua por outro que se sinta mais capacitado, ao contrário,
ajude o líder atual a se desenvolver, pois se cada vez que ele errar você o
trocar, o ministério nunca irá construir um relacionamento duradouro com nenhum
líder. Exceto, se este líder estiver em pecado irreparável diante da Igreja;
10. Visite
os músicos em suas casas, sobretudo quando estiverem doentes. Ligue pra eles, demonstre
interesse. Não exija que somente eles realizem visitas nas casas dos irmãos, ou
que participem de todas as programações da igreja, como se eles não tivesses
vida pessoal, acadêmica, profissional e familiar para dar atenção;
11. Sempre
que um “irmão” da igreja, independente do cargo que ocupe, lhe disser qualquer
coisa errada que o músico possa ter feito, não considere como verdade única e
absoluta. Dê ao músico a oportunidade de se defender, porque é bom e justo que
seja assim.
12. Seja
compreensivo com os músicos que são casados com cônjuges não crentes ou
afastados da comunhão, ou cônjuges não tão envolvidos com a Obra, como
deveriam. Compreensível também com músicos que tem pais não crentes e que por
serem dependentes, estão debaixo de suas autoridades e por isso, nem sempre
disponíveis. Considere sua dificuldade em deixá-los em casa para dar atenção às
programações da Igreja. Se quer mesmo que isso mude, envolva a família.
Pergunte-se: quantas vezes você o visitou em sua casa? Seus pais ou cônjuges, você
os conhece?
13. Elogie!
Não para alimentar o ego, mas para que o músico perceba que está no caminho
certo. Ele precisa encontrar valor no que faz para se sentir motivado. Valor é
a diferença entre o que se faz e o que deve ser feito. Evite fazer críticas o tempo inteiro porque
isso desanima qualquer cidadão. Pensa se você ouvisse só crítica o tempo
inteiro de suas ovelhas? Critica em demasiado é como envolver uma flor em um
saco fechado. Sufoca, cansa, mata!
14. Antes
de terminar quero alertá-los sobre uma parte muito polêmica entre pastores,
oficiais e ministério de louvor: Investimento. Vejo muitos amigos pastores
querendo que o músico faça milagre com o que tem. Acho que a Igreja não depende
do ministério para louvar, pois podem fazer isso à capela, mas, se não querem
ver seus músicos migrando para outras igrejas, desmotivados, dêem mais valor às
necessidades do grupo. Eles querem apenas que a coisa toda funcione. Não
precisa ser nada caro, mas precisa funcionar. É muito complicado ministrar e ao
mesmo tempo driblar as intermitências do som, dos instrumentos, etc..
15. Por
último, um conselho aos que estão lendo este artigo: Não sei se você é líder,
diácono, presbítero, pastor, ou apenas um membro de igreja, mas não devem
considerar estes conselhos como uma afronta. Na verdade, entendo que desta
forma, sendo bem transparente, dou a vocês a oportunidade de serem diferentes
dos que só sabem criticar o ministério de louvor, e por este motivo nunca os
vêem crescer.
Se 30% do que foi compartilhado aqui for observado por ambas as partes, já estaremos em vantagem. É que vejo muitos músicos reclamando de seus pastores, e pastores e líderes reclamando de seus ministérios e precisamos parar de reclamar e ajudar uns aos outros. Não tenho a pretensão de achar que tudo o que escrevi está certo totalmente, mas é uma oportunidade de entender as motivações de cada um... então aproveitem.
Se 30% do que foi compartilhado aqui for observado por ambas as partes, já estaremos em vantagem. É que vejo muitos músicos reclamando de seus pastores, e pastores e líderes reclamando de seus ministérios e precisamos parar de reclamar e ajudar uns aos outros. Não tenho a pretensão de achar que tudo o que escrevi está certo totalmente, mas é uma oportunidade de entender as motivações de cada um... então aproveitem.
Efésios
4: 1-7: Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da
vocação com que fostes chamados, Com toda a humildade e mansidão, com
longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, Procurando guardar a
unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, como
também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; Um só Senhor, uma
só fé, um só batismo; Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por
todos e em todos vós. Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do
dom de Cristo.
Em amor, em Cristo, aos pastores e líderes da
Igreja do Senhor Jesus.
Luciana Reis
Serva de Jesus Cristo, Ministra e Líder do Ministério de Louvor da IPBJC.
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